A
Copa do Mundo 2014 terminou. Perdemos de 7X1 para a Alemanha, na semifinal.
Perdemos de 3X0 para a Holanda, na disputa pelo 3º lugar. Culpamos jogadores,
culpamos comissão técnica. Por quê? Porque nós brasileiros, com muito orgulho
que somos, projetamos nossas esperanças e sonhos no simples ato de ver a
vitória da Seleção Brasileira de Futebol como forma de amenizar nossas
frustrações e decepções com a corrupção, com a saúde, com a educação, com o
desemprego, com a violência, entre outras tantas.
Sim,
é muito bonito e patriótico quando entoamos o “hino”: eu sou brasileiro com
muito orgulho, com muito amor, mas infelizmente só o fazemos em épocas de
grandes eventos esportivos como a já citada Copa do Mundo de Futebol, ou os
Jogos Pan-americanos, ou os Mundiais de Voleibol etc.
Devemos
sim ser brasileiros com muito orgulho, com muito amor vestindo a camisa
canarinho não só em ocasiões esportivas, mas em todos os momentos de nossas
vidas.
Sejamos
brasileiros com muito orgulho, com muito amor no respeito ao próximo, cedendo lugar ao idoso e à gestante na fila
de espera ou no acento da condução; não furando aquela filinha quilométrica,
seja no mercado, seja no banco, seja em qualquer lugar, por achar que nosso
tempo é mais precioso que o dos outros; não parando o carro na faixa,
prejudicando assim a travessia dos pedestres, e esses, por suas vez, que
atravessem na faixa que lhes é destinada.
Sejamos
brasileiros com muito orgulho, com muito amor para reivindicar, de forma pacífica, por melhorias tanto nas
áreas que carecemos quanto em nós mesmos, tendo a consciência que todo o processo
de crescimento tem início em nós.
Enfim,
sejamos brasileiros com muito orgulho, com muito amor para exigirmos uma
educação de qualidade para o nosso povo; pois, em longo prazo, isso terá
reflexos positivos em nossa sociedade. Tudo deve começar na base, nos primeiros
anos escolares, para que tenhamos uma estrutura sólida. Vale lembrar que um
povo instruído e com conhecimento é um povo saudável física e mentalmente,
maduro intelectual e moralmente. Um povo mais esclarecido tem o poder de
decisão nas mãos, poder de lutar de forma sábia e consciente por seus direitos
sem se contentar com esmolas.
Fábio
da Silva